quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Uma manhã... nada habitual.

Numa habitual manhã de sexta-feira, e agradecendo super feliz a Deus por ter chegado a mais uma sexta-feira, indo para a faculdade, deparo-me com uma construção no caminho pelo qual vou todas as manhãs na minha lataria-velha, que alguns ousariam chamar de carro motorizado. Mas era sexta, e nas sextas nada me aborrecia. Lembrei-me de um caminho mais longo e com um pouco mais de trânsito, mas eu estava adiantada e tinha baixado musicas novas pro meu mp3 e, portanto, nada me deixaria chateada.

Mas para a minha falta de sorte, bem no final da rua, que daria para uma ruela, que levaria a uma vila e em seguida para a avenida principal, tinha uma placa dizendo: "Perigo à frente. Volte!" Me lembrei do último filme de terror que vira no final de semana passado e um frio me fez tremer até à cutícula recem tirada. Tremi mais ainda quando não vi mais ninguém na rua, fora eu e um cachorro vira-lata que parecia está muito velho e cansado. Pensei um pouco e imaginei que talvez essa fosse uma oportunidade única para conhecer o perigo de verdade, ou quem sabe a morte (!) Ah, quem sentiria minha falta numa aula de sexta-feira?

Segui em frente, e então aconteceu o esperado, caí em um abismo. O que me fez perceber que trocar o meu carro que leva o doce apelido de lataria nos momentos de menos fúria, não me preocupava tanto quanto o trabalho da faculdade, ou aquela prova oral do inglês. Percebi, além disso, que junto comigo, veio o mundo, mas ele é tão grande e tão velho que eu desconfio que Deus tenha sentido um pouco de pena dele e de si também, uma vez que ele levou seis dias para criá-lo e um pra descansar de tamanho trabalho.

Mas os dias de dó que Deus tinha em seu pequenino coração, estavam se esgotando, fazer o quê? Ninguém o poupava. Esse negócio de corrupção; de gente rica e muita gente pobre; gelo derretendo; tráfico de drogas, de pessoas, e até das coisas mais banais devia deixá-lo louco. E as inundações? 1ºC a mais na temperatura da Terra não devia fazer tanta diferença lá em cima, mas eu andei ouvindo por aí que isso é uma catástrofe.

É, acho que ao cair no abismo, deparei-me com a verdade, nua e crua. Vi muitas coisas dentro no abismo, e só de lembrar já me dá um nó na garganta. Só de pensar que eu vi o planeta Terra fazendo jus ao seu nome, minha barriga vira do a verso. Mas como um surto de sorte, saí do abismo, mas não sei bem se estou escrevendo do céu, ou se ainda estou no inferno chamado Terra.


Proposta de redação da universidade de Medicina (ABC-SP)
Créditos: ao papai que me deu a ideia do "abismo" e ao Vitinho que me deu a ideia da "verdade".
Beijos queridissímos leitores.

3 comentários:

  1. euheuheuheu, cheio de "deus" seu texto. Mas realmente gostei, poderias deixar o próximo um pouco maior.

    ResponderExcluir
  2. raisa! amei muito seu post.. e amo tds!! seu blog é perfeito, sempre que posso passo aqui pra dar uma lida! (: amo você.. bjos :*

    ResponderExcluir
  3. ameei!
    amei tudo, o assunto, o modo que colocaste a tua ideia, a historia, TUDO!
    te amo, beeijos :*

    ResponderExcluir