sexta-feira, 14 de maio de 2010

Nomes, mapas e hora da saída.

Lá na minha sala tem um professor de geografia muito exigente. Não estou o criticando, mesmo porque ele é um excelente professor, mas nós temos muito medo de suas atividades e quantos zeros podem aparecer. Porque como eu disse, ele é muito exigente.

E para que nós provemos que somos atentos e o respeitamos, ele faz a chamada numa desordem total, as vezes ele começa pelo meio e termina pelo inicio, ou então chama o sobrenome em vez do nome dos alunos, uma completa prova de resistência.


Meu nome é Raisa Cristine Rodrigues de Araújo, mas uso apenas Raisa Araújo porque meus pais me ensinaram a assinar assim desde pequena. Eu não gosto do Cristine e para falar a verdade são poucos os nomes compostos que eu gosto. Mas a minha mãe me briga toda vez que eu falo isso e se sente até ofendia, porque foi ela quem me deu esse nome.


E no meio da aula: "Bezerra", "Presente"; "Carvalho", "Presente", "Zoghbi", "Presente" "Cristine", "Presente". De quatro nomes que eu tenho, ele tinha que me chamar justo pelo o que eu menos gosto. Então, não me contive e quando fui até a mesa dele entregar a atividade resolvi dizer que preferia ser chamada por outro nome no lugar de Cristine. E ele ainda me perguntou o porque.


Umas semanas depois, no fim da aula, estava eu e alguns amigos conversando no corredor de saída e eu estava atrapalhando a passagem. Então, as pessoas passavam e me esbarravam, porque nesse mundo não existe mais niguém educado. Exceto o professor que dirigiu-se a mim como Cristine. Mas eu não ouvi. Então, ele esbarrou em mim, também.


"Raisa, o professor passou e disse: Com licença Cristine." disse uma amiga que estava em um outro circulo de amigos.
"Mas eu não ouvi. Aliais, ele me chamou de Cristine?, ele tá achando o quê?, meu nome não é Cristine, então eu não respondo quando me chamam assim." Eu disse. E me arrependi em poucos segundos, quando olhei para o lado e deparei-me com o professor voltando. Minhas pernas tremeram, pensei no próximo zero que vem no meu boletim e só respondi: "Oi professor". Foi realmente os 5 minutos mais tensos da minha vida.

Beijos anjinhos. Raisa Araújo (haha)