domingo, 17 de agosto de 2008

O fim.

Foi em uma bela tarde de sol, quando eu cheguei em minha casa depois de uma semana exaustiva naquela escola, juntando todas as moedas que vinham de troco, pra finalmente ali chegar, naquela banca, e comprar a tão esperada Capricho. Entrei em casa, e fui direto para a ultima página, aonde sempre vinham as maravilhosas crônicas, comecei a ler, mas não sei se li direito, pois a cada palavra que lia, meus olhos se enchiam de lágrimas. Ele começava dizendo que o problema não era conosco e nem com ele. Que ele havia passado 7 maravilhosos anos nessa revista, porém sentiu necessidade de mudar de caminho, avançar uma casa! Com certeza foi a minha pior frustração, ver que eu não teria mais as lindas crônicas de Antonio Prata quinzenalmente, ali, em minhas mãos. Mas a esperança foi a ultima que morreu, e passados 15 dias lá estava eu com a nova edição, porém, sem o meu velho cronista. Fiquei aos prantos, mas logo passou. E então percebi que aquele era o fim de verdade. Pra mim, a pior parte das coisas é o fim! Tudo bem, às vezes o fim vem pro nosso bem, como as chatas aulas de física e de filosofia. Como um romance que não se tem mais amor. Como um livro de 582 folhas para o vestibular. Como uma briga de pai e mãe. Como aquele período de notas ruins. Mas não entendo porque que as coisas boas terminam. Não queria que elas terminassem jamais. Só poderiam terminar quando já não fossem mais tão boas assim! Despedir-me de alguém não é, literalmente, fácil pra mim. Meu irmão foi passar os seis meses que antecedem o vestibular na casa do pai dele e, na hora da despedida, acredite, eu não me contive! Mesmo sabendo que o meu maior rival na hora de ver TV, de usar o PC, de tomar banho, ia embora dali e tudo ficaria, enfim, sobre o meu reinado, eu senti que uma parte de mim estava sendo arrancada! Aconteceu assim também, quando a minha melhor amiga teve seu pai militar transferido para o Rio Grande do Sul, no outro extremo do continente sul-americano. Foram inexplicavelmente tristes essas despedidas! E ver que o meu melhor cronista estava me abandonado, foi frustrante! Eu sei que já faz um pouco de tempo que a Liliane Prata ta no lugar dele, entretanto só agora tive coragem de falar sobre isso! Apesar de tudo, Antonio Prata vai ser sempre meu cronista favorito!

Raisa Araújo

Um comentário:

  1. eterno Antonio Prata, eu adorava a s crônicas dele :D

    ah amiga, sei como é esse papo de se despedir :x

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