segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Mangueira

No intervalo de uma aula, no curso pré-vestibular, no ano passado, saímos para tomar sorvete, numa sorveteria deliciosamente próxima dali. Estávamos perto da saída da garagem, o que nos pouparia um andar cansativo, então suplicamos para o servente nos deixar passar por ali, sem precisar registrar nossa saída. Enfim, ele concordou, com a condição de passarmos o dedo duas vezes na catraca. Certo.

E ao sair, rindo e distraídos de qualquer impasse da vida, levei um banho, de uma mangueira que surgiu assim, do nada, tanto quanto mangas caem em nossas cabeças. Mas essa mangueira era a típica que transporta água, e eu sou a típica pessoa que atrai esse tipo de coisa. Não houve uma só pessoa na rua que não tenha rido de tamanha distração daquele bêbado. É, o cara já tem cara de bêbado, dormindo, acordado, sóbrio, sorrindo, chorando. Sempre bêbado.

E, tive a impressão que ele mal conseguia se segurar em pé. Só impressão mesmo, porque ele veio me pedir desculpas. Eu não tive reação, fiquei estagnada no meio da calçada tentando entender aquele absurdo, com a maior cara de.... bem, não sei que cara eu fiz.

Passei o resto do dia com frio, tremendo ate os meus cílios, mas tudo bem, isso rendeu horas de risos e muita história para contar. Além de fazer eu esquecer a cruel realidade em que vivia. E que tornarei a viver esse ano. Bem, isso serve aos desavisados, que a qualquer hora, em qualquer lugar um banho (seja de água, seja de coisas) pode te surpreender.

Aos meus leitores encharcados, um beijo.
R

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