Nesses últimos dias estive pensando no quão solitário ou magnificamente cheio de amizades um aeroporto pode ser. Sempre calado, contando os mais diferentes tipos de histórias. De uma maneira linda para aqueles que sabem que vão voltar, ou, dramática para aqueles que voltam, porém que vão deixar saudades. Ou ainda de maneira sacrificantemente triste, para aqueles que vão sem olhar para trás. Pessoas viajam a trabalho, a estudo, a passeio, a procura de seu destino, em meio a uma fuga. Viajam com muitos objetivos.
Na época da Gripe Suína - que embora tenha um nome biologicamente elegante, acho mais pertinente chamá-la assim - o aeroporto viu-se em meio a um grande desespero, certamente ficou receoso de levar a culpa por tantas transmissões, mortes e problemas que essa pandemia causou, mesmo tendo tomado o devido cuidado de se proteger. Cuidado esse, indispensável na hora de se revistar o passageiro, isso para não lembrarmos o caso das torres gêmeas, porque estamos falando de aeroporto, não de avião e muito menos dos EUA.
E na época do Círio, o aeroporto fica feliz e provavelmente se acha o lugar mais importante da cidade, mais até que a própria Basílica de Nazaré. São as pessoas chegando de todas as partes do Brasil e do mundo para saborear a festividade. Isso deve acontecer também no RJ, na época do carnaval, vai saber.
Alguns meses¹ atrás, minha mãe viajou e fui deixá-la no aeroporto. E perto na hora do embarque, um casal se despedia. Eles não conseguiam se desgrudar. Via-se, sentia-se e ouvia-se o amor de longe, talvez um "longe" que não se possa imaginar. Promessas certamente foram feitas, e lágrimas inundaram o meu coração de dó, que apenas observava tudo com muita atenção, embora não tivesse sido convidada a participar da cena. Despedi-me de minha mãe, sem choro, sem nada. Eu sabia que em uma semana ela estaria de volta, com o meu pai, que viajou dias depois.
E desde esse dia comecei a pensar nas tantas histórias que o aeroporto coleciona. Lembro-me da minha primeira viagem sozinha. Tinha 16, um travesseiro, muitas saudades da Gisah e uma imensa gratidão por poder, enfim, estar viajando. Lembro-me quando uma amiga modelo voltou de SP, depois de ter ganhado um concurso na TV e ganhado todo o carinho das suas amigas e seus familiares numa imensa festa de boas vindas, lá mesmo, no tão visitado aeroporto.
Na época da Gripe Suína - que embora tenha um nome biologicamente elegante, acho mais pertinente chamá-la assim - o aeroporto viu-se em meio a um grande desespero, certamente ficou receoso de levar a culpa por tantas transmissões, mortes e problemas que essa pandemia causou, mesmo tendo tomado o devido cuidado de se proteger. Cuidado esse, indispensável na hora de se revistar o passageiro, isso para não lembrarmos o caso das torres gêmeas, porque estamos falando de aeroporto, não de avião e muito menos dos EUA.
E na época do Círio, o aeroporto fica feliz e provavelmente se acha o lugar mais importante da cidade, mais até que a própria Basílica de Nazaré. São as pessoas chegando de todas as partes do Brasil e do mundo para saborear a festividade. Isso deve acontecer também no RJ, na época do carnaval, vai saber.
Alguns meses¹ atrás, minha mãe viajou e fui deixá-la no aeroporto. E perto na hora do embarque, um casal se despedia. Eles não conseguiam se desgrudar. Via-se, sentia-se e ouvia-se o amor de longe, talvez um "longe" que não se possa imaginar. Promessas certamente foram feitas, e lágrimas inundaram o meu coração de dó, que apenas observava tudo com muita atenção, embora não tivesse sido convidada a participar da cena. Despedi-me de minha mãe, sem choro, sem nada. Eu sabia que em uma semana ela estaria de volta, com o meu pai, que viajou dias depois.
E desde esse dia comecei a pensar nas tantas histórias que o aeroporto coleciona. Lembro-me da minha primeira viagem sozinha. Tinha 16, um travesseiro, muitas saudades da Gisah e uma imensa gratidão por poder, enfim, estar viajando. Lembro-me quando uma amiga modelo voltou de SP, depois de ter ganhado um concurso na TV e ganhado todo o carinho das suas amigas e seus familiares numa imensa festa de boas vindas, lá mesmo, no tão visitado aeroporto.
E em outra lembrança, percebo que o aeroporto não guarda só momentos alegres de filmes românticos. Em uma viagem, fiz escala em um aeroporto baiano, e estava em meio a uma cena torturante. Eu tinha 9 anos e a expressão assustada no rosto. Era uma mulher gritando loucamente, sendo arrastada pelo chão por seguranças musculosos. Não, ela não era nenhuma terrorista, era apenas uma mulher identificada com sua carteira de motorista.
E assim o aeroporto vive sua vida, contando e criando histórias. Guardando sorrisos nos melhores casos, lágrimas também, mas essas talvez tenham outros sentindos. Sentindos esses, que apenas quem passa por os conhece. Então, não me venham com histórias de pescador.
¹Esse post foi iniciado no dia 05/02, mas só hoje lembrei de terminar. Logo, essa viagem da minha mãe, já quase completa um ano.
Beijos leitores. R
Um vai-e-vem, gente chegando pra ficar e gente indo pra nunca mais voltar... numa mistura dentre encenações, ensinamentos, emoções, sentimentos... Lindo texto e aguardo o próximo. bjs, Lucianna Mendonça.
ResponderExcluir0.o pra quem mora perto do aeroporto (eu) e vê todo santo dia pessoas indo e vindo, aviões quase levando o teto da casa hheh, acho que após esse texto vou começar a olhá-lo de outra forma. ^^
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